Quatro horas da madrugada de uma noite que se assemelhava a tantas outras.
O sono difícil de conciliar, pensamentos em cadeia que não consigo afastar. No meu silêncio grito-lhes que me abandonem, que me deixem em paz - tentativa vã...
Quatro horas de um sono intermitente, desassossegado.
O vento que fustiga o telhado desta casa centenária entra-me quarto adentro. Em mim a sensação de invasão, de ser tomada de um sentimento esquisito como se de repente, eu própria fosse vento e rodopiasse em espirais de ar, invisível, inatingível...
Como se estivesse num salão de baile a valsar ao som do ar!!
E quase como a imagem de um espelho vejo-me solta, leve, airosa... Acordo abruptamente e assustada.
Passeio pela casa e junto às espirais de vento o fumo de um cigarro que acendo na escuridão.
O som do ar fala comigo, o fumo que me sai pela boca profere as palavras que o meu pensamento articula... Noites de insônia mais frequentes do que gostaria... Noites que me fazem pensar no que me inquieta no hoje e no que me ocupou o ontem, até o ontem mais longínquo!
Noites de viagens infinitas pelo que já tive, pelo que tenho e pelo que ainda gostaria de vir a ter...
O sono difícil de conciliar, pensamentos em cadeia que não consigo afastar. No meu silêncio grito-lhes que me abandonem, que me deixem em paz - tentativa vã...
Quatro horas de um sono intermitente, desassossegado.
O vento que fustiga o telhado desta casa centenária entra-me quarto adentro. Em mim a sensação de invasão, de ser tomada de um sentimento esquisito como se de repente, eu própria fosse vento e rodopiasse em espirais de ar, invisível, inatingível...
Como se estivesse num salão de baile a valsar ao som do ar!!
E quase como a imagem de um espelho vejo-me solta, leve, airosa... Acordo abruptamente e assustada.
Passeio pela casa e junto às espirais de vento o fumo de um cigarro que acendo na escuridão.
O som do ar fala comigo, o fumo que me sai pela boca profere as palavras que o meu pensamento articula... Noites de insônia mais frequentes do que gostaria... Noites que me fazem pensar no que me inquieta no hoje e no que me ocupou o ontem, até o ontem mais longínquo!
Noites de viagens infinitas pelo que já tive, pelo que tenho e pelo que ainda gostaria de vir a ter...